segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Três substâncias candidatas a anti-retrovirais são descobertas


A descoberta de três substâncias candidatas a anti-retrovirais para a Aids foi anunciada nesta sexta-feira (29) na Fiocruz. Pesquisadores da Fundação Ataulpho de Paiva (FAP), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) avaliaram 22 compostos naturais obtidos a partir de algas marinhas encontradas no litoral brasileiro. Três substâncias candidatas ao desenvolvimento de anti-retrovirais foram selecionadas. Em testes in vitro, as substâncias foram capazes de inibir a replicação do HIV em macrófagos e linfócitos, células envolvidas na resposta imunológica do organismo humano frente à infecção pelo vírus da Aids, apresentando desempenho equivalente a fármacos já em uso clínico. Resultados preliminares de testes in vivo comprovaram a baixa toxicidade das substâncias.

“O grande diferencial das substâncias estudadas é a baixa toxicidade, uma vez que os medicamentos disponíveis são eficazes, porém tóxicos”, apresenta o líder da pesquisa, o imunologista Luiz Roberto Castello Branco, chefe do Laboratório de Imunologia Clínica do IOC e diretor-científico da FAP. As três substâncias anti-retrovirais sob estudo têm os nomes guardados em sigilo. Com exceção do AZT, todos os medicamentos usados hoje na terapia anti-retroviral são importados ou têm seus insumos importados, sendo sintetizados no Brasil com expertise estrangeiro. A descoberta pode representar uma economia para o Brasil, que gasta mais de R$ 1 bilhão por ano com o pagamento de royalties e a compra de medicamentos desenvolvidos no exterior, segundo Castello Branco.

Mais Informações: FIOCRUZ

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