segunda-feira, 1 de setembro de 2008

CFF discute carga horária dos cursos de graduação


A Comissão de Ensino do Conselho Federal de Farmácia (CFF) enviou um ofício ao Presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Edson de Oliveira Nunes, que expressa a preocupação de professores, diretores, acadêmicos, gestores da educação e dirigentes de entidades farmacêuticas quanto à carga horária dos cursos de graduação em Farmácia. Segundo o documento, a carga horária necessária para uma formação generalista, sem prejuízo dos conhecimentos necessários para o exercício das atividades farmacêuticas, seria de, no mínimo, 4 mil horas.

O documento foi elaborado, durante a V Conferência Nacional de Educação Farmacêutica, realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), em Brasília, de 10 a 12 de abril. O ofício, que também foi encaminhado à Gestora de Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, contempla a Lei de Diretrizes e Bases, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia e as Políticas de Saúde Pública. 

De acordo com a professora Zilamar Costa Fernandes, integrante da Comissão de Ensino do CFF, é preciso formar profissionais qualificados. "O farmacêutico desempenha um amplo papel social na saúde do País como agente no processo de assistência farmacêutica e nas políticas nacionais de saúde. Ainda, deve ser ressaltado que o farmacêutico é o único profissional de saúde habilitado em áreas específicas, como controle de qualidade e segurança de alimentos, cosméticos, correlatos, fitoterápicos, medicamentos, nutracêuticos, quimioterápicos, radiofármacos, nutrição parenteral, análises clínicas e toxicológicas. Todas são áreas muito técnicas, abrangentes e que exigem qualificação", explicou Zilamar Costa Fernandes.  

A Presidente da Comissão de Ensino do CFF, Magali Demoner, também, Conselheira Federal de Farmácia pelo Espírito Santo, lembra que as Diretrizes Curriculares mudaram o ensino, e a assistência farmacêutica, com foco na atenção farmacêutica, está crescendo. "Temos cerca de 60 atividades, nas quais o farmacêutico pode atuar. Com menos de 4 mil horas, é impossível formar um profissional bem qualificado", completa. 

FONTE: Conselho Federal de Farmácia

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