sexta-feira, 5 de março de 2010

FARMACÊUTICOS CONTESTAM ATO MÉDICO EM BRASÍLIA


Presidentes dos Conselhos Regionais de Farmácia e seus respectivos conselheiros federais foram no dia 24 ao Senado Federal para falarem com os senadores de suas regiões e esclarecê-los sobre as mudanças na lei do Ato Médico.

A lei foi aprovada na câmara e voltou ao senado com modificações. Dentre essas modificações, há o inciso VIII do art. 4º que agora prevê que apenas o médico pode realizar o exame de citologia clínica, que previne o câncer de colo do útero, excluindo assim o profissional farmacêutico.

A decisão mostra-se prejudicial para a mulher brasileira, pois, atualmente 34% dos exames de citologia clínica são feitos por farmacêuticos. “Se a lei for aprovada como está, não haverá profissionais suficientes para fazer os exames, ocasionando em um aumento nos casos de câncer de colo de útero e prejudicando seriamente a população feminina do país”, alerta o dr. Osvaldo Bonfim de Carvalho, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Piauí.

Osvaldo Bonfim e José Vílmore, conselheiro federal do Estado, conversaram com os senadores João Vicente Claudino, Heráclito Fortes e com a assessoria de imprensa do senador Mão Santa. O presidente do CRF-PI disse que a recepção dos senadores aos seus argumentos foi positiva. O que os Conselhos querem é conscientizar os senadores a respeito das conseqüências nocivas desta mudança e garantir que o profissional farmacêutico também possa continuar a realizar este exame. Osvaldo Bonfim acrescenta: “Nós apoiamos a regulamentação da Medicina, mas sem prejudicar os farmacêuticos e as outras profissões”.

Rafaela Mourão

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